Opinião
A praia do Cassino já era
Por Paulo César Olmedo
Engenheiro Civil
No meio do turbilhão de informações neste final de ano, que nos assolam por todos os lados, a fim de me atualizar com o mundo, fico lendo jornais, assistindo canais de notícias, facebook, Instagram, ouvindo o velho e amigo rádio entre outros veículos de comunicação ainda não censurados, que talvez em 2024 noticiem só aquilo que o governo autorizar. Estamos na iminência de ver aprovado o PL 2630 pelos vassalos de um Congresso Nacional subjugado pelo poder e pelo dinheiro fácil, cujo resultado irá afetar seus descendentes, onde o futuro de seus filhos e netos estarão comprometidos por muitos anos, velho sonho daqueles que querem tomar o poder e se eternizar, a partir de uma ideologia retrógrada, que demanda do século passado, no ano de 1917, quando os bolcheviques tomaram o poder na Rússia e tornaram nossos irmãos escravos de um regime totalitário por mais de 70 anos, passando privações, sendo torturados e enviados à Sibéria para morrerem de frio, até que a perestroika e a glasnost os libertassem, pela coragem de um líder como Gorbachev, que morreu no esquecimento daqueles que ele salvou.
Aqui na terra tupiniquim, enquanto talvez estejamos importando membros do Hamas, que segundo nosso governo não é uma organização terrorista, com pompas e recepções, contando com a presença de nosso Primeiro Mandatário, sem pensar nas consequências futuras que poderão advir desse ato disfarçado de repatriação de brasileiros, que eles não são. Do outro lado a ANTT, que nada mais é que um cabide de empregos para políticos não reeleitos, autoriza o reajuste das tarifas do polo Pelotas, tornando-as mais caras do Brasil. Durma-se com um barulho desses. E eu ainda sonhando com o pacote da Paula em tramitação na Câmara de Vereadores, o presente de Natal oferecido por ela àqueles que lhe deram legitimidade a seu mandato, por duas vezes.
Na vizinha cidade, onde o sol chega mais cedo nos molhes da barra, vemos os grandes cargueiros levar nossas riquezas a outro países, aumentando nosso PIB e vislumbramos a nossa querida praia do Cassino se estender ao limiar de nossos olhos, agora ameaçada de ter retirada a sua principal característica de atrair turistas. Pois é, num cantinho do Diário Popular, que só aqueles que gostam da leitura em papel observam, foi registrado que a partir de agora é proibido trafegar e estacionar seus veículos na beira da praia desde o limite da rua Rio de Janeiro até a rua Júlio de Castilhos, por um termo de ajuste com a Fepam e os ambientalistas que tentam há muitos anos proibir os frequentadores de levar suas famílias, suas tendas e fazer aquele gostoso churrasquinho na beira da praia que é a marca registrada do Cassino. Não sei se é legal essa proibição, pois a Câmara de Vereadores de Rio Grande aprovou uma lei em que essa determinação não se enquadra no que foi aprovado. Então, cada vez que algum deputado destinar uma verba para o progresso da comunidade, como destinou o congressista Daniel Trzeciak e aumentar a parte urbanizada da Avenida Beira-Mar, teremos mais uma parte da praia interditada. Quando finalmente estiver concluída toda a pavimentação daquela artéria, a praia do Cassino será entregue às traças que corroem o poder. E pensar que, em um passado não muito distante, a única rodovia que ligava Rio Grande ao extremo sul do Brasil eram as areias do Cassino até o Chuí.
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